quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Ele não reparou

    06:00 da manhã. Toca o despertador. Já raiava o sol. Era um dia lindo, céu azul, pássaros cantavam, cães corriam na rua que era de barro, no bairro do interior onde morava.
    Levantou! Dirigiu-se a seu banho, escovou os dentes. O café ainda não estava pronto, resolveu então dirigir-se a panificadora. A vontade de fazer algo naquele dia era nula. Não queria levantar, não queria sair, não queria nada.
    Após seu café, dirigiu-se a seu emprego. Tinha de trabalhar, levar a vida. Não tinha como evitar, o dia havia raiado para ele e ele tinha de vivê-lo.
    Ao fim do expediente muito tumultuado, saiu do trabalho já muito cansado. O sol ainda raiava belamente, mas ele não reparou. No trajeto para sua casa, varias crianças brincavam felizes em seus quintais, mas ele não reparou. Sobre todas as árvores do caminho, haviam dezenas de pássaros belos e cantantes, felizes, mas ele não reparou. Ao chegar em casa, seu fiel amigo cão veio recebê-lo, alegre em rever seu dono, mas ele não reparou. Ele não reparava na beleza que cercava seus dias, não via nada de bom em sua linda casa, em seu carro do  ano, em seu ótimo emprego, não via nada de bom na tranquilidade de seu bairro. Ele não deitava na rede da varanda para apreciar o temporal. Não ouvia as risadas, não ouvia o cantar dos pássaros, não sentia o vento bater em seu rosto, não ouvia o cacarejar das galinhas, não sentia o verde a seu redor, não aspirava a natureza que o cercava.
Mas um dia tudo isso mudou...
Ele encontrou um grande amor.

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